Tratamento do Tumor da Bexiga
Em que consiste o Tratamento do Tumor da Bexiga?
O tratamento varia de acordo com a dimensão, o volume e a agressividade do tumor.
Em alguns casos de cancro da bexiga, podem ser necessários tratamentos como a quimioterapia, a radioterapia ou terapias paliativas. O tratamento mais frequente, o mais eficaz e utilizado, no entanto, é a cirurgia.
A cirurgia tem duas variantes, a cirurgia endoscópica para tumores superficiais e a cirurgia laparoscópica ou aberta para tumores mais agressivos (a cirurgia laparoscópica cada vez mais substitui a clássica cirurgia aberta).
Ambas as técnicas cirúrgicas são minimamente invasivas, o que diminui o tempo de internamento, as complicações pós-operatórias e o tempo de recuperação do doente.
A cirurgia endoscópica é efectuada em tumores superficiais, é muito menos agressiva e melhor tolerada.
A cirurgia laparoscópica (ou a aberta) é reservada para tumores invasivos, pelo que é muito mais agressiva e radical, muito mais "mutilante", pois implica a remoção da bexiga.
Quais os Tratamentos para o Tumor da Bexiga?
O tratamento utilizado vai depender muito da avaliação do estádio do tumor, que geralmente é obtido através da classificação TNM (classificação mais utilizada de tumores malignos). Com esta caracterização, determina-se qual o tipo de tratamento mais adequado ao doente.
A cirurgia endoscópica e a cirurgia laparoscópica/aberta revelam-se os procedimentos mais eficazes para tratar respectivamente os tumores superficiais e os invasivos (ou mais agressivos, mesmo que superficiais).
No caso dos tumores metastáticos são utilizadas terapias sistémicas, como a quimioterapia e a imunoterapia.
Como é Feito o Acompanhamento do doente após o Tratamento?
O seguimento do doente dependerá do tipo de cirurgia efectuada e deve ser tida em conta a história clínica, o exame objectivo e exames de imagem - geralmente ecografias ou TC. Quando o doente foi submetido a cirurgia endoscópica - e portanto ainda tem bexiga - a base do sguimento são os exames endoscópicos (uretrocistoscopia) e a citologia urinária.
O doente habitualmente deve ser acompanhado de 3 em 3 meses no primeiro ano, de 4 em 4 meses durante o segundo e de 6 em 6 meses até ao quinto ano. Daí para a frente e se não ocorrer recidiva, a avaliação pode passar a anual, mantendo a ralização de cistoscopias.
Nestas avaliaçãoes, devem ser feitos os seguintes exames:
- Endoscopia da bexiga;
- Citologia urinária;
- Eventual ecografia vesical, renal ou abdominal;
- Eventualmente, outros exames, como a TC.
O doente deve manter a realização destes exames, periodicamente, sem abandonar a consulta, pois o cancro da bexiga tem uma alta taxa de recidiva.
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Dr. José Santos Dias
Director Clínico do Instituto da Próstata
- Licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
- Especialista em Urologia
- Fellow do European Board of Urology
- Autor dos livros "Tudo o que sempre quis saber Sobre Próstata", "Urologia fundamental na Prática Clínica", "Urologia em 10 minutos","Casos Clínicos de Urologia" e "Protocolos de Urgência em Urologia"
Perguntas Frequentes sobre o Tratamento do Tumor da Bexiga
O Tumor da Bexiga tem diferentes tipos?
Que tratamentos cirúrgicos existem para o Tumor da Bexiga?
O tratamento do Tumor da Bexiga pode ter consequências futuras?
O Tumor da Bexiga depois de tratado pode "voltar"?
Referências
- DIAS, José Santos. Urologia Fundamental: na prática clínica. Lisboa: Lidel - Edições Técnicas, Lda, 2010.
- Bladder Cancer - https://www.nm.org/conditions-and-care-areas/cancer-care/genitourinary-cancer-care/bladder-cancer
- Transurethal telescopic resection - https://www.baus.org.uk/_userfiles/pages/files/Patients/Leaflets/Bladder%20tumour%20resection.pdf